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MOBILIZAÇÃO EM CAMPINAS HOMENAGEIA OFICIAL DE JUSTIÇA ASSASSINADO EM BARRA DO PIRAÍ/RJ

MOBILIZAÇÃO EM CAMPINAS HOMENAGEIA OFICIAL DE JUSTIÇA ASSASSINADO EM BARRA DO PIRAÍ/RJ

Oficiais de Justiça da 15ª Região promoveram, na manhã desta quinta-feira (11), um Ato em homenagem ao colega assassinado em Barra do Piraí/RJ, Francisco Pereira Ladislau Neto. A atividade fez parte do Dia Nacional de Mobilização dos Oficiais de Justiça que ocorre em todo o país.

Na abertura, o tesoureiro da Assojaf-15 e ex-presidente da Fenassojaf, Joaquim Castrillon, falou sobre a trajetória de Francisco e lembrou a morte do Oficial de Justiça ocorrida no dia 11 de novembro, enquanto ele cumpria uma intimação trabalhista.

Francisco Neto tinha 25 anos de idade e três meses de posse no TRT do Rio de Janeiro. Ele levou dois tiros no peito e ainda foi atropelado pelo criminoso às margens da BR 393, que fugiu com o carro do servidor.

Com a presença do vice-presidente administrativo do Tribunal da 15ª Região, Desembargador Henrique Damiano e da juíza diretora do Fórum Trabalhista de Campinas, Dra. Ana Claudia Torres Vianna, os Oficiais prestaram a homenagem com o hasteamento das bandeiras ao som do Hino do Silêncio executado pelo cabo da Polícia Militar de Campinas, Marçal.

Ao conceder à palavra ao representante do Regional, Dr. Damiano iniciou com palavras de apoio ao Ato dos Oficiais de Justiça e chamou a atenção dos presentes para a vulnerabilidade do cargo que “está à frente das fases processuais, especialmente na execução”.

O Desembargador lembrou o crescimento da Justiça do Trabalho que, atualmente, atinge locais onde antes eram inacessíveis “e isso traz as consequências. Nós temos notícias que os Oficiais de Justiça vão até os índios no estado do Pará. Em São Paulo, a Justiça do Trabalho atinge locais onde até a polícia tem medo e por isso, hoje, precisamos repensar a segurança dos Oficiais de Justiça”, enfatizou.

Para Henrique Damiano, tornar o Oficial de Justiça “um guerreiro medieval com aquelas armaduras” não é a solução. É preciso repensar e avaliar “pois o Oficial pode estar numa área de risco sem saber”, disse.

Ao final, o Desembargador reafirmou que o Ato desta quinta-feira “deve ser exemplo para todos os que desejam o desenvolvimento do Brasil e do mundo”.

No encerramento, Castrillon agradeceu a presença e apoio dos Oficiais de Justiça da 15ª Região, representantes do Sindiquinze e da Assojaf-15 e desejou que “a cerimônia sirva de consolo a todos os familiares do colega Francisco”.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo