Notícias

ENTIDADES REPRESENTATIVAS PARTICIPAM DE REUNIÃO NA CASA CIVIL EM DEFESA DE PAUTAS DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

ENTIDADES REPRESENTATIVAS PARTICIPAM DE REUNIÃO NA CASA CIVIL EM DEFESA DE PAUTAS DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

A Fenassojaf e a Fesojus-BR estiveram na Casa Civil, nesta terça-feira (24), para uma reunião com o Diretor de Acompanhamento junto ao Congresso Nacional da Presidência da República, Gilberto de Almeida, e com a Assessora Legislativa e Procuradora Federal, Luciana Carneiro.

A Associação Nacional esteve representada pela presidenta Mariana Liria e a Fesojus, pelo vice-presidente Eleandro Alves Almeida e o diretor financeiro Luiz Arthur de Souza. Além deles, o presidente do Sindojus/MA, Rômulo Baldez e Júlio César Diniz Costa também acompanharam a conversa.

No encontro, as entidades nacionais reafirmaram o posicionamento contrário ao PL 4188/2022 e lembraram o ofício encaminhado nesta semana ao ministro de Estado da Casa Civil, Rui Costa, referente às emendas que permitem a busca e apreensão extrajudicial de bens móveis.

O documento foi elaborado e assinado conjuntamente pelas entidades presentes e pela Afojebra, afirmando que a transferência para entes privados das ações de cunho coercitivo na esfera patrimonial significa legislar um ato inconstitucional. Trata-se de desrespeito à preservação de direitos indisponíveis e inalienáveis do cidadão, com a precarização da proteção do bem de família, expondo os mais vulneráveis a ficarem sem moradia, por exemplo.

Na visão dos dirigentes, se sancionado, o novo diploma legal traz grande perda para o sistema de execução como um todo, mas principalmente fragiliza o hipossuficiente, ao passo em que privilegia os interesses de bancos e cartórios extrajudiciais. Esses, por sua vez, têm feito intensa pressão no congresso para aprovação de suas pautas - que, em última análise, redundam em perda de atribuições do Poder Judiciário e de seus servidores. Leia AQUI a notícia completa sobre o envio do documento.

Durante a reunião, os dirigentes reafirmaram os prejuízos não apenas para os Oficiais, mas principalmente para a sociedade, uma vez que a proposta da desjudicialização é bastante ampla e fragiliza as mencionadas garantias constitucionais. Argumentaram com a hipótese de um caso concreto de diligência de busca e apreensão feita por cartório extrajudicial em comparação com o atual formato, no qual um profissional qualificado, experiente e com fé pública promove a constrição considerando todos os direitos processuais do executado, se valendo inclusive da faculdade de uso de força policial.

Os representantes da Casa Civil ouviram atentamente os pleitos e se mostraram sensíveis à pauta apresentada, tendo ficado ajustado que, a exemplo do que foi feito quando da luta contra a aprovação do projeto, as entidades buscarão os demais segmentos atingidos pela potencial inovação legal, para se juntarem a essa articulação.

DERRUBA O VETO 25

Outro tema tratado com o diretor da Casa Civil foi o veto 25 ao PL 2342, referente à legalidade do pagamento acumulado da VPNI e GAE aos Oficiais de Justiça, entre outros dispositivos.

A presidenta da Fenassojaf apresentou o histórico da luta dos Oficiais federais pela manutenção do direito e lembrou que o tema já foi sedimentado há mais de 20 anos, não havendo impacto orçamentário para o Judiciário.

Mariana destacou que o veto traria na verdade impacto negativo, haja vista que as verbas figuram do orçamento dos tribunais durante todo esse período. A presidenta falou sobre a reunião ocorrida com o Diretor Geral do Conselho Nacional de Justiça (Leia Aqui), ressaltando o requerimento para que seja expedido um documento que aborde o impacto financeiro.

O diretor reafirmou a posição do governo pela inconstitucionalidade dos dispositivos vetados, mas já na ocasião cogitou do adiamento da sessão do Congresso Nacional, o que veio a se confirmar nesta quarta-feira (25).

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo