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DF: HOMEM É PRESO AO TENTAR IMPEDIR O CUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL E POR DESACATO AO OFICIAL DE JUSTIÇA

Um homem foi preso, no último sábado (11), por desacato, desobediência e resistência, por tentar impedir o cumprimento de uma ordem judicial e ameaçar a integridade física do Oficial de Justiça.

Segundo o boletim de ocorrência registrado na 12ª Delegacia de Polícia de Taguatinga/DF, o Oficial de Justiça, Eliton Márcio, se dirigiu a Chácara 23 localizada na Colônia Agrícola Vicente Pires para cumprimento do mandado de busca e apreensão de um veículo Toyota Corolla.

Ao chegar no endereço, o Oficial de Justiça só foi atendido pelo réu depois de aguardar no portão por cerca de uma hora, ocasião em que o homem se negou a entregar o veículo, além de desacatar o servidor com as seguintes palavras “Fala baixo, você está na minha casa e está me envergonhando, vá embora, pois você não irá levar o veículo”. Ato contínuo trancou o portão com um cadeado.

Com a chegada do apoio policial, o Oficial de Justiça alertou o réu que constava no mandado ordem judicial de arrombamento e seria usado caso ele não abrisse o portão, momento em que o homem desrespeitou, mais uma vez, o servidor do Judiciário.

Depois de muita insistência o réu V.G.B resolveu entregar o veículo, porém o fez de forma agressiva dando uma ré brusca e quase atingindo outro carro e policiais, além de jogar a chave em direção a Eliton Márcio. Neste momento, o Oficial de Justiça deu voz de prisão ao réu, por estar em flagrante delito.

V.G.B resistiu à prisão e tentou agredir a equipe policial com uma tesoura utilizada para poda de jardins, sendo contido e preso. Na delegacia ele foi autuado pelos crimes de desacato, desobediência, resistência e perturbação do trabalho ou do sossego alheios, mas assinou termo de comparecimento em juízo e foi liberado em seguida. O veículo foi apreendido e entregue ao banco financiador.

Segundo Eliton Márcio a ilusão de trabalhar seguro acabou: “Um dia essa ilusão de trabalhar seguro acabou, não só fui desacatado por três vezes, três momentos distintos, mas poderia ter sido uma vítima de algo pior quando no cumprimento de uma Busca e Apreensão o Réu, após jogar a chave do carro em meu peito, pegou uma tesoura de cortar grama e, por minha sorte, se deparou com o Policial Militar na minha frente. E se ele não estivesse lá? Defender-me-ia na mão? Teria que colocar o peito para pará-lo? Quem sabe correr pelo condomínio, não bastasse a humilhação já sofrida?”

Eliton Márcio alerta que algo precisa ser feito para que o oficialato tenha maior segurança no exercício de suas funções. “Algo tem que mudar em nossa profissão, urgentemente. É premente a necessidade de o Estado nos fornecer meios de defesa, melhores condições de trabalho, segurança, enfim, quantas situações se farão necessárias ou quantas terão que virar tragédias até que isso ocorra?”

Fonte: InfoJus Brasil